Nobre Compromisso

Campo Grande viveu na sexta-feira (04/08) um dos momentos de maior significação humanística em sua história com 151 anos de fundação (foi fundada em 21 de junho de 1872) e 124 anos de autonomia política e administrativa (tornou-se município em 26 de agosto de 1899). No Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, mais de 1,1 mil pessoas deram ao Estado e ao País vigorosa demonstração de compromisso com uma causa indispensável entre os desafios contemporâneos: a atenção às crianças em suas necessidades fundamentais: amor, cuidados, assistência, educação, saúde, cultura e diversão.

Era o lançamento do Programa Integrado pela Garantia dos Direitos da Primeira Infância, uma iniciativa do Tribunal de Contas (TCE/MS) com o suporte de parcerias e a efetiva participação da sociedade e dos poderes publicos. Tal engajamento foi demonstrado com a presença de pessoas dos diversos segmentos: as autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário; gestores, empresários, prefeitos e primeiras-damas dos 79 municípios do Estado, vereadores, intelectuais, artistas e interlocutores de organizações filantrópicas e não-governamentais.

A cobertura ampla dos meios de comunicação e a grande repercussão do acontecimento evidenciaram a responsabilidade e o comprometimento de toda população com a infância e o futuro. Representante do programa do TSE, o mascote “Mãozinha” acrescentou um toque especial à recepção do publico, juntamente com artistas regionais.

OLHAR E ATITUDE – Os dirigentes institucionais ilustraram seus votos de compromisso com a proposta do TCE e reforçaram os apelos em favor do desenvolvimento sustentável focado nas maiores prioridades, entre elas o investimento em políticas publicas de apoio às primeiras idades. Foi este, por exemplo, o tom do pronunciamento do presidente do Tribunal, conselheiro Jerson Domingos, e do governador Eduardo Riedel (PSDB). Suas falas foram replicadas pelos servidores, auditores de controle externo e demais conselheiros.

Feliz e emocionado, Jerson Domingos fez agradecida saudação aos presentes e realçou a dimensão do evento. “Uma satisfação imensa tê-los conosco. Esta ideia nasceu de uma recomendação do Conselho Nacional de Justiça ao Tribunal de Justiça e ao Tribunal de Contas, para a criação de um programa que viesse atender à expectativa de um futuro promissor a toda a nossa sociedade, principalmente as crianças, adolescentes e os jovens”, enfatizou. O presidente do TCE defendeu que todos tenham para a causa da infância olhar e atitude de compromissos.

O governador Eduardo Riedel parabenizou a coragem do presidente Jerson Domingos e de todos os conselheiros do TCE em mobilizar a sociedade em torno da causa. “Não adianta ficarmos apontando dedo para A, B ou C, essa responsabilidade é de todos nós cada um tem dar a sua contribuição. Dessa maneira, vamos conseguir fazer essa transformação”, declarou Riedel.

PALESTRAS – Jerson Domingos foi o mediador da primeira palestra “Primeira Infância uma Pauta Prioritária”, apresentada pela chefe da Diretoria de Comunicação Institucional do TCE-MS, a jornalista Alexsandra de Oliveira. Ela que também é a responsável pela área de comunicação no Comitê Intersetorial, abordou com propriedade o tema, explicando, inicialmente, que as pesquisas desenvolvidas pela neurociência, sobre a primeira fase de uma criança produziram informações importantes e comprovam que o estímulo nesta idade é determinante para que o desenvolvimento seja pleno.

“Quando falamos de primeira infância estamos tratando do período que vai de zero aos seis anos de idade da criança, ou seja, desde a barriga da mãe. De acordo com a neurociência, 90% das conexões cerebrais são formadas até os seis anos de idade. E quando pensamos na primeira infância, falamos de uma rede proteção que precisa funcionar em sua plenitude, mas infelizmente, isso ainda não acontece”, pontuou Alexsandra

Com um testemunho emocionante sobre a própria experiência com a maternidade e os desafios enfrentados com um parto prematuro, Alexandra, mostrou os desafios enfrentados pelas mães, como a falta de leitos de UTI neonatal no Estado. “No ano passado nasceram 40.407 crianças no Estado, sendo que destes, 5.265 foram prematuros. Crianças que, com certeza, precisaram do suporte de uma UTI neonatal e que tiveram que ‘disputar’ as 121 vagas existentes no Estado”, revelou.

Edson Moraes

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