Prédio centenário da Casa do Artesão é reaberto aos artesãos e ao povo de MS

Até a chuva deu uma trégua para que a festa de entrega do prédio da Casa do Artesão de Campo Grande atraísse o público que participou animadamente. Principalmente nos shows de Geraldo Espíndola – perfeito ao relembrar suas principais composições – e Gabriel Sater que não se intimidou em, vez por outra, encarnar o “Cramunhão” da novela Pantanal, no palco, arrancando aplausos do público.

Dia 19 de março se comemora o Dia do Artesão. Não podia ter sido escolhido data melhor para devolver aos artesãos sul-mato-grossenses, o seu principal espaço para exporem e comercializarem suas obras de arte.
Rogério da Silva, um artesão paranaense radicado há mais de 35 anos no Estado, e que faz seus trabalhos utilizando apenas sementes, caules, troncos, folhas de árvores e plantas nativas do Estado, disse da sua gratidão ao Governo do Estado pela reforma desse espaço que ele considera fundamental para a vida dos artesãos e o povo de MS.

Orgulho para o Governo, diz Riedel

Para o governador Eduardo Riedel, que chegou cedo e se misturou com o povo na confluência das avenidas Afonso Pena e Calógeras, a restauração do prédio representa um fator importante para o segmento cultura, “para essa economia criativa, que preserva e divulga a cultura e a história de Mato Grosso do Sul. É um orgulho para o Governo reformar e entregar um prédio tombado há 48 anos. Mais do que isso, é um espaço arquitetônico que remete a nossa história e um espaço da economia criativa. Mais de 800 artesãos expõem aqui, então, demonstra um pouco a força da nossa arte, da nossa cultura”.

Marcelo Miranda, o secretário de de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc) da nova administração estadual também falou na solenidade e disse da relação do prédio histórico com a criação e o desenvolvimento do Estado de Mato Grosso do Sul. “Este é um prédio que tem grande importância histórica e cultural. Sempre que um turista visita e compra uma ou mais peças artesanais, está difundindo em outros pontos do País e do mundo a nossa a cultura sul-mato-grossense”

Pedro Carvina, secretário de Governo e Gestão Estratégica, também se manifestou na solenidade de inauguração e lembrou que a restauração da Casa do Artesão teve início quando Eduardo Riedel ainda era secretário de Infraestrutura. “É muito positivo concretizar hoje esse projeto, porque a obra de restauração começou lá atrás, no Governo anterior, quando a gente estava na Secretaria de Infraestrutura. O nosso, hoje governador, era o secretário de Infraestrutura, eu era o adjunto, e foi dentro do programa de restauração de vários prédios importantes, vários locais que contam a história da nossa cultura, um deles era a Casa do Artesão” que o governador Riedel está entregando”.

Prédio histórico

O prédio nasceu a partir do projeto do engenheiro Camilo Boni. Há uma certa controvérsia quanto a data de sua construção, mas sabe-se que a obra foi realizada entre 1918 e 1923, sendo que a casa foi a primeira sede do Banco do Brasil. Passou a abrigar a Casa do Artesão desde 1º de setembro de 1975.

Falando a essa plataforma de informações turísticas, a arquiteta Cláudia La Picirelli de Arruda, responsável pela restauração da Casa do Artesão, explicou que o prédio passou por restauração completa, desde instalações elétricas e hidro-sanitárias, com especial atenção aos aspectos arquitetônicos, esquadrias e toda a pintura. Sempre com a preocupação de restaurar e não reformar, ou seja, não alterar a originalidade e a estrutura básica de cada detalhe do prédio.

Maurício Hugo
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